A migração de datacenters é um desafio cada vez mais relevante para empresas que buscam modernizar suas infraestruturas de TI, reduzir riscos operacionais e ganhar agilidade em seus processos. Neste artigo, exploraremos quatro cenários distintos que podem ser utilizados no processo de migração, com ênfase nas soluções mais seguras, eficientes e escaláveis.
Cenário 1 – Extensão de VLANs: Um Caminho Obsoleto e Arriscado
A extensão de VLANs é uma solução relativamente simples e amplamente conhecida. No entanto, ela apresenta uma série de riscos e limitações, especialmente quando se trata de ambientes de datacenters distribuídos. Um dos maiores problemas é a necessidade do protocolo Spanning Tree, que cria pontos de vulnerabilidade. Alterações na topologia da rede exigem recálculos que podem impactar a disponibilidade, expondo o ambiente a downtime e interrupções indesejadas.
Além disso, a extensão de camada 2 (Layer 2) entre locais geograficamente distantes torna o ambiente mais propenso a falhas. A falta de controle preciso nas conexões de Layer 3 torna essa solução inadequada para projetos de migração de datacenters modernos, sendo uma abordagem obsoleta para as demandas atuais.
Cenário 2 – Uma Solução Intermediária com DCI (Datacenter Interconnect)
O uso de DCI (Datacenter Interconnect) oferece uma solução mais robusta, estendendo VLANs através de uma infraestrutura de Layer 3. Nesta abordagem, protocolos como o BGP são usados para distribuir endereços MAC entre os datacenters, proporcionando maior controle e segurança em comparação com a extensão de VLANs tradicional.
A complexidade dessa solução, no entanto, pode ser um desafio. A gestão de VLANs é realizada por meio de IDs de VxLAN e tabelas de roteamento BGP, garantindo a migração segura de máquinas virtuais através de túneis. Contudo, a falta de orquestração centralizada para a configuração dos túneis pode gerar dificuldades operacionais, exigindo um gerenciamento manual via CLI (Command Line Interface), o que aumenta o risco de erros humanos.
Cenário 3 – Nexus Dashboard: Gestão Centralizada sem SDN
Para empresas que buscam simplificar a gestão dos seus switches, a utilização de uma plataforma como o Nexus Dashboard pode ser uma excelente opção. Com essa solução, é possível centralizar o gerenciamento de switches da linha Nexus, utilizando o sistema operacional NX-OS, sem adotar a complexidade de uma estrutura fabric baseada em SDN (Software Defined Network).
Esse cenário oferece um equilíbrio interessante entre facilidade de uso e controle. A gestão centralizada facilita a administração dos switches, mesmo sem a adoção de tecnologias SDN, tornando-se uma escolha viável para quem busca uma solução intermediária entre a simplicidade da extensão de VLANs e a sofisticação do ACI.
Cenário 4 – ACI: A Solução Ideal com Orquestração, SDN e MP-BGP
O Cisco ACI (Application Centric Infrastructure) surge como a solução definitiva para migrações de datacenters. Com uma arquitetura robusta, composta por APIC (Application
Policy Infrastructure Controller), switches Spines e Leaves, e a integração de IPNs (Inter-Pod Network) para interligação de datacenters, o ACI proporciona automação completa, centralização da gestão e alta flexibilidade.
Através da orquestração avançada e do uso de tecnologias como MP-BGP e VxLAN, o ACI elimina a necessidade de protocolos como Spanning Tree, oferecendo maior segurança e redução de riscos operacionais. A automação e as APIs disponíveis na plataforma permitem a criação de políticas de rede de forma eficiente, garantindo uma migração rápida e sem interrupções. Esta abordagem não só facilita a migração, como também otimiza a operação contínua do datacenter.
Como a Routz pode ajudar
A Routz Brasil é especializada em ajudar empresas a escolherem o melhor cenário de migração de datacenters, com foco em soluções que equilibram custo, segurança e agilidade. Com uma equipe altamente qualificada e anos de experiência em infraestrutura de TI, redes, e soluções de datacenter, a Routz oferece consultoria personalizada, ajudando seus clientes a adotarem tecnologias de ponta, como Cisco ACI, sem comprometer a segurança ou a continuidade dos negócios.
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